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Em 2025, mais de 47 mil mato-grossenses foram infectados por dengue, chikungunya ou zika

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O Estado ainda se destaca, em nível nacional, como o primeiro em número de mortes por chikungunya, com 37 óbitos_

Mais de 47 mil casos de dengue, chikungunya e zika foram registrados em Mato Grosso, de acordo com o Painel de Monitoramento das Arbovirores do Ministério da Saúde. As estatísticas mostram que, neste ano, o estado tem concentrado a maior parte dos óbitos por chikungunya. Das 47 mortes registradas no país até o dia 31 de março, 37 ocorreram em solo mato-grossense.

No primeiro trimestre de 2025, em Mato Grosso, foram computados 25.975 casos de chikungunya, com 37 óbitos confirmados e outros 16 em investigação e incidência de 677,1%. No Brasil, 53.100 casos se confirmaram, 47 óbitos confirmados e 51 estão sob investigação e o coeficiente de incidência alcançou 25%.

Em relação à dengue os números também são vultosos, o estado acumula 20.930 casos, com 10 óbitos confirmados e outros seis sendo investigados, neste mesmo período. A incidência chega a 545,6%.

Os casos de zika representam a melhor condição das arboviroses em território mato-grossense, neste ano foram registrados 617 casos, sem nenhum óbito.

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Números que, de acordo com o médico socorrista da Help Vida, Felipe Simioni, revelam que é preciso buscar atendimento imediato caso apresente os sintomas de uma dessas doenças.

“As arboviroses são infecções virais que necessitam de cuidados terapêuticos para não se agravarem. Causadas pela picada do mosquito aedes aegypti infectado, essas doenças são distintas, porém o quadro clínico é bastante semelhante com dor no corpo, na cabeça, atrás dos olhos, febre alta, dor nas articulações e vermelhidão pelo corpo, contudo é de suma importância ter o diagnóstico correto porque a ingestão dos medicamentos incorretos pode elevar a gravidade do caso e até provocar a morte”, alerta o especialista.

O médico pontua que deve-se ficar atento à evolução dessas doenças e observar sinais como febre alta persistente, dor abdominal aguda, náuseas e vômitos, sintomas que indicam quadro emergencial. Em relação a chikungunya é a dor articular intensa, a característica que mais se destaca. Podendo levar de dias a meses para cessar.

“No caso específico da chikungunya, o tratamento médico é para controle da dor e da febre, contudo o mais importante é garantir a hidratação do paciente por via oral ou endovenosa, se necessário. É preciso se atentar, no início dos sintomas não podem ser ingeridos anti-inflamatórios e corticoides. Se forem usados podem acusar complicações”, explica o médico.

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As demais arboviroses apresentam sintomas mais similares, entretanto também é preciso observar se há agravamento e caso ocorra, a indicação é ir buscar assistência médica imediatamente.

No intuito de evitar as filas de espera e facilitar a promoção da saúde a quem necessita de atendimento rápido, a empresa Help Vida disponibiliza o atendimento domiciliar “Help Já”, assinatura de atendimento médico 24h, na qual o paciente pode receber orientação médica por telefone, atendimento de urgência e emergência in loco, sem carência e sem coparticipação.

Para saber mais sobre o atendimento domiciliar entre em contato pelo número: (65) 3611-1313.

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BRASIL

Dom Orani participa do conclave e traz consigo “profecia” de religiosa

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Filho caçula de uma família de nove irmãos, em São José do Rio Pardo (SP), o adolescente Orani chegou a resistir a seguir a vida religiosa. Afinal, a família, muito humilde, poderia precisar de seu apoio mais presente. No entanto, uma professora, alfabetizadora e religiosa chamada Maria de Lourdes Benedita Nogueira Fontão, mais conhecida como Lourdinha, fez a diferença. 

Ela estimulou o rapaz e disse que apoiaria os pais, que ainda ouviram dela (ainda no início da vida religiosa, quando ele não era nem padre) que o “menino” seria bispo e papa. Orani hoje é cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, apto a votar no próximo conclave (e a ser votado).

No entanto, pessoas ouvidas pela Agência Brasil garantem que o religioso nunca cogitou a possibilidade de ser escolhido, mas sempre faz questão de falar de suas raízes e da amizade com a família de Lourdinha, que teve cinco filhos. 

“Orani falou que queria estudar para padre, mas que não ia por causa dos pais idosos. MInha mãe falou: ‘vá e eu cuido deles. Eu prometo ir lá todo dia levar a comunhão para eles”, diz a filha de Lourdinha, a xará dela e também professora Maria de Lourdes Fontão, de 66 anos.

Vínculos

“Dom Orani nunca deixou de ter um vínculo com a comunidade de onde ele saiu. E nunca deixou de ter um vínculo com a minha família”, diz o filho de Lourdinha, Paulo Celso Fontão, de 61 anos, que é médico na zona leste de São Paulo e autor do livro “Um coração para amar”. A obra traz a história da professora que pode ser santificada pelo Vaticano.

Ela morreu em um acidente de carro em julho de 1988, aos 57 anos. O marido de Lourdinha, o dentista Héber, também estava no carro, mas sobreviveu a uma colisão na estrada de Mariápolis, em São Paulo.

Brasília (DF) 26/04/2025 - Dona Lourdinha viu Dom Orani Tempesta ser papa. Foto: Dona Lourdinha/Arquivo Pessoal
Amiga do religioso, dona Lourdinha disse que dom Orani Tempesta seris papa – Foto Dona Lourdinha/Arquivo Pessoal

Orani não tinha como esquecer do apoio da mulher que ajudava os monges, a paróquia e os mais pobres diuturnamente. “Minha mãe começou a fazer visitas, para ajudar pessoas doentes e humildes. Os pais de dom Orani estavam entre as pessoas que recebiam a visita dela”.

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“Vai ser o papa”

O médico recorda que a mãe tinha um carinho muito grande pelos pais de Orani.

“Quando Orani foi se tornar sacerdote (em 1974), ele era monge do mosteiro, convidou a minha mãe para ser madrinha de ordenação sacerdotal”. Foi nesse cenário que ela disse, antes de se tornar sacerdote, que ele iria, um dia, virar bispo e papa.

Em São José do Rio Pardo e região, a história ficou famosa e chegou a gerar expectativas a cada nova evolução na carreira, como nos momentos em que foi ordenado bispo (em 1997), arcebispo de Belém (2004), do Rio de Janeiro (em 2009) e depois cardeal (em 2014). 

Essa proximidade, segundo avalia a família de Lourdinha, contribuiu para a abertura do processo de beatificação dela. “Orani veio de uma família extremamente humilde, mas pareceu desde sempre muito preparado, sóbrio, sereno, tranquilo, focado, estudioso e de paz”.

A filha de Lourdinha, Maria de Lourdes, testemunha que, em sua região, a história da família e a proximidade com dom Orani têm chamado mais a atenção dos vizinhos. “Orani é um irmãozão em todas as nossas lutas. Ele está sempre muito presente em nossa vida”.

As famílias moravam próximas. Depois que a religião foi dando novos altares para Orani, a amizade não diminuiu. Ela guarda na lembrança o fato de o então padre celebrar o casamento dela e batizar os três filhos. “A gente sempre se fala por mensagens, dividimos as experiências e lembramos das lutas”.

Quando Tempesta foi nomeado cardeal, filhos de Lourdinha, inclusive Maria de Lourdes, foram a Roma para prestigiar e se emocionar com o momento. “No evento, não tinha somente católicos porque ele gosta muito de unir as religiões”, testemunha a amiga do cardeal.

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Inspirações

O filho de Lourdinha, Paulo Fontão, acredita que os passos dele como médico, que incluem atendimento a pessoas em situação de rua, têm relação com os ideais que recebeu da mãe. “Eu sempre procurei entender que seria essa a maneira de fazer o meu trabalho como médico, iluminado pela realidade dessa relação com Deus”.

Como pesquisador, procurou compreender como o pensamento do papa Francisco poderia integrar a ciência e a vida profissional na prática. “Eu assumi a bandeira de defendê-lo”.

De acordo com o médico, o pensamento de Francisco representa material riquíssimo, que o inspirou para o mestrado e doutorado em que estudou a conexão entre saúde e espiritualidade.Os dois temas, para ele, são complementares e não excludentes.

 “Quando comecei a fazer o mestrado e a estudar os textos do papa Francisco, vi que ele fala das periferias existenciais e geográficas. A gente deve se deixar tocar pela realidade.

“Devo a ela a minha vocação”

No mosteiro em que o atual cardeal dedicou a vida, em São José do Rio Pardo, dom abade Paulo Demartini, de 60 anos, diz que os legados desses dois personagens da cidade são bastante representativos.

“Ela era uma mulher muito piedosa e hoje em processo de beatificação. Eu devo a ela a minha vocação. Foi ela que levou dom Orani para rezar as missas no sítio do meu pai. E, por meio deles, conheci o mosteiro”, conta.

O religioso acrescenta que tinha 10 anos de idade e recorda que a mãe fazia doces sob encomenda para Lourdinha, que doava para os mais pobres. “Ela era muito generosa”. Inclusive usava o salário de aposentada para ajudar as pessoas.

Orani foi também inspiração diária para o atual abade no mosteiro em mais de 20 anos de convivência. “Ele tem o dom da escuta e da humildade”, diz Demartini que conversa diariamente com o cardeal, pelo menos até antes do conclave, quando Tempesta deverá ficar isolado das comunicações externas até o próximo para ser eleito.

Fonte: Agência Brasil

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