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Produtores devem seguir procedimentos rigorosos e documentar perdas para evitar negativas indevidas por parte das seguradoras

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O seguro agrícola é uma ferramenta indispensável para a gestão de riscos no campo, especialmente em face de eventos climáticos extremos. Contudo, muitos produtores rurais enfrentam dificuldades para receber as indenizações contratadas, como observado recentemente no Rio Grande do Sul, após as enchentes que afetaram as lavouras no final da safra de verão.

De acordo com Frederico Buss, advogado da HBS Advogados, um dos principais problemas ocorre quando o produtor precisa iniciar a colheita antes da vistoria da seguradora, devido à urgência em evitar maiores prejuízos. “Nesses casos, é imprescindível que o produtor adote medidas preventivas, como a elaboração de um laudo agronômico prévio que constate as perdas, com Anotação de Responsabilidade Técnica, preferencialmente acompanhado de ata notarial, além da comprovação de comunicação formal à seguradora,” orienta Buss.

Outro ponto destacado pelo advogado é a importância de acompanhar a vistoria da seguradora com assistência técnica especializada. Em caso de discordância, as divergências devem ser formalizadas por escrito, respaldadas por um laudo técnico próprio. “O contrato de seguro é regido pelo princípio da boa-fé, que exige transparência de ambas as partes. A seguradora tem a obrigação de informar, por escrito, os motivos de eventual negativa de indenização para que o produtor possa contestar formalmente,” explica.

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Decisões judiciais têm garantido o direito de produtores em situações onde, mesmo havendo cláusulas restritivas, as perdas foram comprovadas como não relacionadas a fatores excludentes, como plantio fora do zoneamento agrícola ou atraso na entrega de documentos. Buss enfatiza que cada caso deve ser analisado individualmente, considerando a documentação apresentada e as circunstâncias específicas.

Por fim, o advogado reforça que é fundamental o produtor rural estar bem informado e documentado ao buscar a indenização do seguro agrícola. “Indenizações muitas vezes deixam de ser pagas incorretamente. Nessas situações, adotar os procedimentos adequados é essencial para resguardar os direitos do segurado,” conclui Buss.

Com o aumento da frequência e da intensidade de eventos climáticos extremos, a atenção aos detalhes contratuais e aos processos de comprovação de perdas se torna ainda mais crucial para garantir o suporte financeiro que o seguro agrícola oferece.

Foto: Flávio Burin/Divulgação

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AGRO & NEGÓCIOS

Conexão Delta G registra comercialização de mais de 1,7 mil animais em 2024

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A Conexão Delta G encerrou o ano de 2024 com a comercialização de 1.782 animais, sendo 963 touros e 819 fêmeas das raças Braford e Hereford. Os animais foram adquiridos por 531 clientes espalhados por 122 municípios nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. As vendas ocorreram tanto por meio de leilões quanto diretamente nas propriedades.

O diretor da Conexão Delta G, Octaviano Pereira Neto, destaca a relevância do volume comercializado para o setor pecuário. “A introdução de genes melhoradores em rebanhos de diferentes regiões do Brasil demonstra o impacto da Conexão Delta G na produtividade dos pecuaristas. Cerca de 70% dos touros comercializados tinham idade de três anos, enquanto as matrizes foram vendidas prenhes ou prontas para acasalamento”, ressalta.

A movimentação do mercado pecuário em 2024 refletiu um momento de transição para o setor, conforme explica Pereira Neto. “Estamos observando uma virada no ciclo pecuário brasileiro. O preço do boi já dá sinais de valorização, o que cria boas perspectivas para a próxima safra. Os terneiros produzidos com essa nova safra de touros e matrizes tendem a obter melhores preços no mercado”, analisa.

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Os animais comercializados tiveram como principais destinos municípios como Alegrete, Uruguaiana, Itaqui e Bossoroca, no Rio Grande do Sul, além de outras localidades nos Estados compradores. Pereira Neto também ressalta que os resultados da comercialização reforçam a confiança dos pecuaristas na seleção genética oferecida pela Conexão Delta G. “Os números confirmam a eficiência do nosso trabalho na seleção de reprodutores geneticamente superiores. Nosso objetivo é seguir contribuindo para a produtividade e rentabilidade da pecuária brasileira”, conclui.

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