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Resultado da primeira etapa será divulgado em 1º de abril

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Os estudantes interessados em participar da lista de espera do Programa Universidade Para Todos (Prouni) para o primeiro semestre de 2025 devem manifestar a intenção até as 23h59 de quinta-feira (27).

O Prouni oferta bolsas de estudo (integrais e parciais, 50%) em cursos de graduação em instituições de educação superior privadas.  Em 2025, o programa comemora 20 anos de existência, com mais de 3,4 milhões de estudantes beneficiados entre 2005 e 2024.

Podem participar todos os estudantes inscritos que não foram pré-selecionados nas chamadas regulares do Prouni 2025/1 ou que foram reprovados por não formação de turma.

O registro na lista de espera de março deve ser feito online na página do Prouni no Portal Único de Acesso ao Ensino Superior do Prouni, com Cadastro de Pessoa Física (CPF) e senha da conta da plataforma Gov.br.

Pré-selecionados

A nova divulgação dos pré-selecionados por meio da lista de espera ocorrerá em 1º de abril.

Quem estiver na lista de espera deverá comparecer à faculdade privada escolhida entre 1º e 11 de abril, para comprovar as informações prestadas no momento da inscrição.

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Os documentos exigidos são de identificação do candidato e dos membros do grupo familiar, além dos comprovantes de residência; de ensino médio; de rendimentos; de professor da educação básica, quando for o caso; de separação, divórcio ou óbito dos pais; e de deficiência, quando for o caso.

Para bolsas integrais, a renda familiar bruta mensal per capita do candidato inscrito não pode exceder o valor de um salário mínimo e meio (R$ 2.277, em 2025). No caso de bolsas parciais, o candidato deve comprovar que a renda familiar bruta mensal por pessoa exigida é de até três salários mínimos (R$ 4.554, em 2025).

As instituições de ensino ainda podem fazer exigências adicionais.

Todo o processo é gratuito e as informações oficiais são divulgadas nos canais de comunicação do MEC.

Prouni 2025/1

A edição de 2025 do Prouni teve 1,5 milhão de inscrições, sendo 768.296 pessoas inscritas — cada participante pode escolher até dois cursos para concorrer à bolsa.

Nesta edição, foram ofertadas 338.444 bolsas em 403 cursos de 1.031 instituições privadas por todo o país. Dessas bolsas, 203.539 são integrais (100% do valor da mensalidade) e 134.905 parciais (50%).

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Na primeira chamada do Prouni 2025/1, divulgada no início de fevereiro, 197.080 estudantes foram pré-selecionados

Já a segunda chamada, no fim de fevereiro, foram convocados 86.373 pré-selecionados.

Fonte: Agência Brasil

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BRASIL

Dom Orani participa do conclave e traz consigo “profecia” de religiosa

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Filho caçula de uma família de nove irmãos, em São José do Rio Pardo (SP), o adolescente Orani chegou a resistir a seguir a vida religiosa. Afinal, a família, muito humilde, poderia precisar de seu apoio mais presente. No entanto, uma professora, alfabetizadora e religiosa chamada Maria de Lourdes Benedita Nogueira Fontão, mais conhecida como Lourdinha, fez a diferença. 

Ela estimulou o rapaz e disse que apoiaria os pais, que ainda ouviram dela (ainda no início da vida religiosa, quando ele não era nem padre) que o “menino” seria bispo e papa. Orani hoje é cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, apto a votar no próximo conclave (e a ser votado).

No entanto, pessoas ouvidas pela Agência Brasil garantem que o religioso nunca cogitou a possibilidade de ser escolhido, mas sempre faz questão de falar de suas raízes e da amizade com a família de Lourdinha, que teve cinco filhos. 

“Orani falou que queria estudar para padre, mas que não ia por causa dos pais idosos. MInha mãe falou: ‘vá e eu cuido deles. Eu prometo ir lá todo dia levar a comunhão para eles”, diz a filha de Lourdinha, a xará dela e também professora Maria de Lourdes Fontão, de 66 anos.

Vínculos

“Dom Orani nunca deixou de ter um vínculo com a comunidade de onde ele saiu. E nunca deixou de ter um vínculo com a minha família”, diz o filho de Lourdinha, Paulo Celso Fontão, de 61 anos, que é médico na zona leste de São Paulo e autor do livro “Um coração para amar”. A obra traz a história da professora que pode ser santificada pelo Vaticano.

Ela morreu em um acidente de carro em julho de 1988, aos 57 anos. O marido de Lourdinha, o dentista Héber, também estava no carro, mas sobreviveu a uma colisão na estrada de Mariápolis, em São Paulo.

Brasília (DF) 26/04/2025 - Dona Lourdinha viu Dom Orani Tempesta ser papa. Foto: Dona Lourdinha/Arquivo Pessoal
Amiga do religioso, dona Lourdinha disse que dom Orani Tempesta seris papa – Foto Dona Lourdinha/Arquivo Pessoal

Orani não tinha como esquecer do apoio da mulher que ajudava os monges, a paróquia e os mais pobres diuturnamente. “Minha mãe começou a fazer visitas, para ajudar pessoas doentes e humildes. Os pais de dom Orani estavam entre as pessoas que recebiam a visita dela”.

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“Vai ser o papa”

O médico recorda que a mãe tinha um carinho muito grande pelos pais de Orani.

“Quando Orani foi se tornar sacerdote (em 1974), ele era monge do mosteiro, convidou a minha mãe para ser madrinha de ordenação sacerdotal”. Foi nesse cenário que ela disse, antes de se tornar sacerdote, que ele iria, um dia, virar bispo e papa.

Em São José do Rio Pardo e região, a história ficou famosa e chegou a gerar expectativas a cada nova evolução na carreira, como nos momentos em que foi ordenado bispo (em 1997), arcebispo de Belém (2004), do Rio de Janeiro (em 2009) e depois cardeal (em 2014). 

Essa proximidade, segundo avalia a família de Lourdinha, contribuiu para a abertura do processo de beatificação dela. “Orani veio de uma família extremamente humilde, mas pareceu desde sempre muito preparado, sóbrio, sereno, tranquilo, focado, estudioso e de paz”.

A filha de Lourdinha, Maria de Lourdes, testemunha que, em sua região, a história da família e a proximidade com dom Orani têm chamado mais a atenção dos vizinhos. “Orani é um irmãozão em todas as nossas lutas. Ele está sempre muito presente em nossa vida”.

As famílias moravam próximas. Depois que a religião foi dando novos altares para Orani, a amizade não diminuiu. Ela guarda na lembrança o fato de o então padre celebrar o casamento dela e batizar os três filhos. “A gente sempre se fala por mensagens, dividimos as experiências e lembramos das lutas”.

Quando Tempesta foi nomeado cardeal, filhos de Lourdinha, inclusive Maria de Lourdes, foram a Roma para prestigiar e se emocionar com o momento. “No evento, não tinha somente católicos porque ele gosta muito de unir as religiões”, testemunha a amiga do cardeal.

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Inspirações

O filho de Lourdinha, Paulo Fontão, acredita que os passos dele como médico, que incluem atendimento a pessoas em situação de rua, têm relação com os ideais que recebeu da mãe. “Eu sempre procurei entender que seria essa a maneira de fazer o meu trabalho como médico, iluminado pela realidade dessa relação com Deus”.

Como pesquisador, procurou compreender como o pensamento do papa Francisco poderia integrar a ciência e a vida profissional na prática. “Eu assumi a bandeira de defendê-lo”.

De acordo com o médico, o pensamento de Francisco representa material riquíssimo, que o inspirou para o mestrado e doutorado em que estudou a conexão entre saúde e espiritualidade.Os dois temas, para ele, são complementares e não excludentes.

 “Quando comecei a fazer o mestrado e a estudar os textos do papa Francisco, vi que ele fala das periferias existenciais e geográficas. A gente deve se deixar tocar pela realidade.

“Devo a ela a minha vocação”

No mosteiro em que o atual cardeal dedicou a vida, em São José do Rio Pardo, dom abade Paulo Demartini, de 60 anos, diz que os legados desses dois personagens da cidade são bastante representativos.

“Ela era uma mulher muito piedosa e hoje em processo de beatificação. Eu devo a ela a minha vocação. Foi ela que levou dom Orani para rezar as missas no sítio do meu pai. E, por meio deles, conheci o mosteiro”, conta.

O religioso acrescenta que tinha 10 anos de idade e recorda que a mãe fazia doces sob encomenda para Lourdinha, que doava para os mais pobres. “Ela era muito generosa”. Inclusive usava o salário de aposentada para ajudar as pessoas.

Orani foi também inspiração diária para o atual abade no mosteiro em mais de 20 anos de convivência. “Ele tem o dom da escuta e da humildade”, diz Demartini que conversa diariamente com o cardeal, pelo menos até antes do conclave, quando Tempesta deverá ficar isolado das comunicações externas até o próximo para ser eleito.

Fonte: Agência Brasil

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