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ARTIGO & OPINIÃO

Networking: antídoto contra o isolamento social

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Por Mário Quirino*

Pesquisas recentes realizadas por cientistas da Universidade de Cambridge (Inglaterra), em parceria com a Universidade de Fudan (China), revelaram um fato alarmante: o isolamento social pode provocar alterações profundas nas proteínas do cérebro. Essas mudanças podem afetar funções cognitivas, a memória e até mesmo a saúde mental, aumentando o risco de depressão, ansiedade e doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.

Esse cenário reforça a importância de cultivarmos relações humanas, não apenas para o bem-estar emocional, mas também para mantermos nosso cérebro saudável e ativo.

Uma das formas mais eficazes de combater o isolamento social e promover a saúde cerebral é através do networking. Participar de grupos, eventos e encontros profissionais não apenas cria oportunidades de crescimento na carreira, mas também fortalece laços sociais e promove o senso de pertencimento.

O networking oferece a possibilidade de construir relacionamentos significativos que vão além do âmbito profissional. Ele conecta pessoas com interesses comuns, estimula trocas de ideias e incentiva a cooperação mútua. Isso não só melhora a qualidade de vida, como também estabelece um ambiente propício para a inovação e o sucesso nos negócios.

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Manter-se conectado às pessoas é mais do que uma questão de escolha, é uma estratégia essencial para garantir saúde física, mental e profissional. O isolamento, conforme demonstrado pelas pesquisas, pode ter efeitos devastadores no cérebro, mas as interações sociais têm o poder de reverter essa situação.

O que comprova que a interação social não é apenas uma questão de entretenimento, lazer ou mesmo ponte profissional, mas uma necessidade biológica e psicológica. Estar em contato com outras pessoas desperta áreas do cérebro associadas à empatia, à resolução de problemas e à criatividade. Além disso, o convívio social ajuda a reduzir os níveis de estresse e a fortalecer redes de apoio emocional, que são essenciais em momentos de dificuldade.

Seja para revigorar a mente, desenvolver habilidades ou ampliar oportunidades de negócios, o networking se destaca como uma das melhores ferramentas disponíveis. Ele combina saúde e sucesso de maneira única, provando que estar conectado é a chave para uma vida plena e realizada.

Portanto, invista em suas relações: faça networking e veja como isso pode transformar sua vida!

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*Mário Quirino é especialista em Desenvolvimento Humano e Diretor Executivo do BNI Brasil em Mato Grosso.

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ARTIGO & OPINIÃO

TDAH afeta mais de 6% dos brasileiros acima dos 44 anos

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Embora o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) seja diagnosticado, na maioria das vezes, na fase da infância e adolescência, o número de identificações do TDAH tem crescido expressivamente entre adultos. De acordo com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção, a prevalência é de 6,1%, em pacientes a partir dos 45 anos.

O órgão destaca que o TDAH também afeta 5,2% dos indivíduos na faixa etária de 18 a 44 anos. A preponderância deste tipo de transtorno em adultos, no país, é similar à média mundial, que é de 5%, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS).

*TDAH*

TDAH é um transtorno neurobiológico que, regularmente, é detectado na infância e acompanha o indivíduo por toda a vida. Os sintomas mais característicos são: falta de foco e atenção, hiperatividade e impulsividade. Entretanto, as pessoas com TDAH podem apresentar dificuldade para seguir rotinas, tédio, dificuldade de planejamento e execução de tarefas, procrastinação, ansiedade, alterações de humor, esquecimentos frequentes entre outras limitações.

Segundo o médico neurologista que atende no Hospital São Mateus, José Alexandre Borges Figueiredo Junior, estima-se que mais de 60% das crianças que têm TDAH entram na fase adulta com alterações causadas por ele.

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“Em geral, os sintomas são mais brandos na infância e podem se intensificar na vida adulta. Estudos revelam que entre 5% e 8% da população global sofre desse transtorno. Somente nos Estados Unidos há cerca de 15,5 milhões de adultos com esta condição”, pontua o especialista.

Todavia, Figueiredo Junior ressalta que o aumento do número de diagnósticos em adultos é resultado de maior conhecimento da população sobre o tema e de mudanças nas práticas de diagnóstico que, atualmente, são mais abrangentes, facilitando a identificação do transtorno nesta etapa da vida.

O médico reforça que caso sejam percebidos sinais do TDAH no dia a dia do indivíduo, o fundamental é procurar um profissional capacitado, um psiquiatra ou neurologista, que vai fazer uma “entrevista” com o paciente e a partir daí confirmar ou descartar o transtorno. No caso das crianças, o neuropediatra é o especialista recomendado.

*Causas*

O professor titular de psiquiatria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Luiz Augusto Rode, ressalta que apesar de não haver causas específicas para o TDAH, o transtorno pode estar relacionado a ligações gênicas e familiares. Mas também pode ser associado a fatores externos.

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“Não é incomum que o pai leve o filho para a consulta e comece a se identificar com os questionamentos do médico. Em torno de 30% das crianças diagnosticadas tem um ou os dois pais com o transtorno”, relata o médico.

Pesquisadores analisam a possibilidade de fatores ambientais serem responsáveis pelo acréscimo do risco de desenvolver TDAH. Assim como, lesões cerebrais, nutrição e ambientes sociais.

*Tipos de TDAH*

Os três tipos de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade são:

*TDAH desatento*: o traço mais marcante é a incapacidade de manter a atenção e distração. Também é conhecido como transtorno de déficit de atenção (TDA).

*TDAH hiperativo e impulsivo*: é marcado pela hiperatividade e impulsividade do paciente.

*TDAH combinado*: esse tipo une os três sintomas mais comuns, já que causa desatenção, hiperatividade e impulsividade.

*Tratamento*

O tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade em adultos é, normalmente, feito de forma associada combinando o uso de medicamentos e terapia cognitivo-comportamental.

Também faz parte das indicações médicas, reduzir o consumo de estimulantes, como açúcar e cafeína e adotar uma rotina de atividades físicas regulares, medidas que podem auxiliar no controle dos sintomas do TDAH.

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