CUIABÁ

CASO ABSURDO

Vanguard atrasa entrega de matrícula individualizada e proprietária fica impedida de entrar no imóvel

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Além de não entregar a individualização da matrícula, proprietária ainda passou a ser cobrada pelo condomínio, mesmo não estando em posse do imóvel_

Uma cliente está processando a Vanguard Home Empreendimentos Imobiliários LTDA devido ao atraso na entrega das chaves e da individualização da matrícula de um apartamento no empreendimento Arch Jardim Cuiabá, na capital mato-grossense. A entrega estava programada para 30 de novembro do ano passado, com data limite para o último 29 de maio. Porém, a data não foi cumprida e, além de não receber as chaves, a cliente ainda passou a ser cobrada pelo condomínio da unidade. O caso tramita na 7ª Vara Cível de Cuiabá.

“Em adição à inadimplência contratual pela não entrega do imóvel, a construtora passou a emitir cobranças de taxas condominiais mesmo sem repassar a posse efetiva da unidade, tampouco viabilizar a habitação ou o exercício pleno dos direitos de propriedade, situação que afronta os princípios da boa-fé objetiva e do equilíbrio contratual”, diz trecho do documento, que é assinado pela advogada Stephany Quintanilha.

De acordo com os autos, por causa do atraso, a cliente está sendo obrigada a pagar aluguel, mensalidade do apartamento e o condomínio. Além disso, a cliente também comprou materiais para equipar e montar seu imóvel, mas, sem ter acesso a ele, está sendo obrigada a deixar seus materiais nos estoques das lojas.

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“A situação da parte autora se agrava, vez que mora de aluguel e precisou renovar o prazo do seu contrato por não saber quando essa situação será resolvida. […] a parte autora contraiu empréstimo para reforma de seu apartamento […] está sendo cobrada pelos fornecedores, em relação à entrega dos materiais de reforma adquirido, sem ter onde guardar, vez que não possui a posse do imóvel”, diz o documento.

Após a cliente ingressar com a ação, a construtora providenciou o documento, conforme uma petição anexada à ação. Contudo, a posse do imóvel ainda não foi concedida.

À Justiça, ela pede o ressarcimento em dobro das taxas de condomínio pagas até o momento, que é de R$ 2.166,94, ou seja, no montante de R$ 4.333,88, além de que a construtora assuma o pagamento dessas taxas até que o apartamento seja entregue. A cliente também pede à Justiça que a Vanguard seja impedida de sujar seu nome, o inserindo nos órgãos de proteção ao crédito, como o SPC e Serasa.

A proprietária também pede o pagamento de lucros cessantes fixados em 1% no valor atualizado do imóvel, uma vez que está impedida de usá-lo, cujo valor deverá ser calculado após a finalização do processo. Por fim, a ação também pede o pagamento de indenização de R$ 10 mil por danos morais.

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AÇÕES PARECIDAS

A cliente não é a única pessoa com este tipo de problema no empreendimento Arch Jardim Cuiabá. A advogada Stephany Quintanilha explica que outros proprietários também foram impedidos de acessar seus imóveis devido ao atraso da individualização da matrícula.

É o caso de I.R.J. e R.F.S. Nestes dois casos, além do atraso no documento, os proprietários também passaram a ser cobrados por taxa de condomínio, mesmo sem estarem em posse de seus apartamentos.

Em ambas as situações, a Justiça deferiu o pedido de tutela de urgência, determinando que a empresa assuma o pagamento das taxas de condomínio até a entrega da matrícula individualizada do imóvel.

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CIDADES

Em entrevistas nesta sexta vice-prefeita Vânia Rosa reforça compromisso com Cuiabá e defende papel ativo do cargo

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Em duas entrevistas concedidas nesta terça-feira (26) – no RDTV-Cast, com a jornalista Greice Lima, e no podcast Entre Elas, da RCBN Cuiabá, com Marina Martins e Camila Piacenti – a vice-prefeita de Cuiabá, coronel Vânia Rosa, destacou sua trajetória, desafios e projetos à frente da vice-prefeitura. Ela reafirmou o compromisso de representar a população, sobretudo as mulheres, e defendeu que o cargo precisa ser valorizado, já que recebe recursos públicos para funcionar.

Limitações legais e decreto


Vânia explicou que, pela Lei Orgânica, o vice-prefeito só tem atribuições quando o prefeito está ausente. A cobrança pública por mais funções gerou repercussão e levou o prefeito a editar um decreto reforçando essas limitações. Para a vice-prefeita, a medida evidencia a necessidade de um debate mais profundo:

“Eu recebo proventos e não posso ficar em casa esperando uma eventual ausência do prefeito. O cargo precisa ter legitimidade para trabalhar, com estrutura e condições formais, pensando também em quem vier a ocupar essa função no futuro”, afirmou.

Representatividade feminina

Primeira mulher militar a ocupar a vice-prefeitura da capital, Vânia ressaltou que sua eleição representou um marco histórico. Segundo ela, esse espaço precisa ser usado para implementar políticas públicas voltadas às mulheres, não apenas como composição de chapa.

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“Não é pela Vânia. É pelas mulheres que conquistaram com muito esforço esse espaço. Hoje, nunca mais penso em desistir. A minha missão é continuar, com verdade e trabalho”, disse.

Compromisso com a sociedade


Durante as entrevistas, a vice-prefeita lembrou de sua trajetória política iniciada em 2019, na defesa das mulheres militares durante a Reforma da Previdência, quando ajudou a resguardar cerca de 15 mil servidoras. Em 2022, disputou uma cadeira na Assembleia Legislativa pelo PL e, em 2024, foi escolhida para compor a chapa de Abílio Brunini.

Ela também citou projetos que pretende tocar a partir de parcerias com universidades e empresas privadas, em áreas como saúde, assistência social e prevenção à violência doméstica. “Não é algo para me projetar politicamente, é continuidade do que já fazia na Polícia Militar”, explicou.

Enfrentamento e valores

Questionada sobre críticas e fake news, Vânia foi firme: “A verdade vai aparecer com o tempo. O importante é manter os valores, trabalhar em equipe e cumprir a missão”. Ela reforçou que não se enxerga apenas como indivíduo, mas como símbolo da luta por maior presença feminina na política.

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Mensagem ao eleitor


Ao final, a vice-prefeita deixou uma mensagem clara aos que acreditaram em sua trajetória:

“Peço que continuem confiando em mim. Vou trabalhar, porque fui eleita junto com o prefeito para servir a Cuiabá. Não sou decorativa e não vou desistir”, concluiu.

Por Luiz Henrique Menezes

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