CUIABÁ

CARNAVAL 2024

O SIMBOLISMO DAS CINZAS NA QUARESMA: SIGNIFICADO E ORIGENS

Publicado em

A Quaresma, período de 40 dias que antecede a Páscoa, inicia-se com a Quarta-
feira de Cinzas, marcada pelo ritual da imposição das cinzas. Neste artigo,
exploraremos o significado e a origem das cinzas utilizadas durante esse tempo
litúrgico, mergulhando nos aspectos simbólicos e históricos que envolvem essa
prática milenar
Por: Renan Dantas – Diocese de Juína
SIGNIFICADO DAS CINZAS NA QUARESMA:
O Papa Bento XVI destacou em uma audiência geral que as cinzas são um convite
à penitência e ao aprofundamento do compromisso de conversão para seguir o
caminho do Senhor. O padre Antonio Lobera y Abio, do século XIX, ressalta que a
penitência deve ser acompanhada por arrependimento e dor por ter ofendido a
Deus. O Diretório sobre a Piedade Popular e a Liturgia afirma que o rito das cinzas
é mais do que um gesto exterior, sendo um sinal da atitude penitente do coração
que cada batizado deve adotar durante a Quaresma.
As cinzas também simbolizam a mortalidade humana, como evidenciado pela
frase pronunciada durante a imposição: “Lembra-te que és pó e ao pó hás de
voltar.” Essa lembrança da efemeridade da vida é uma parte crucial do
simbolismo das cinzas na Quaresma.
ORIGEM DAS CINZAS NA QUARESMA:
No Antigo Testamento, as cinzas eram usadas para expressar luto, desejo de
obter favor de Deus e arrependimento. Durante a Quinta-feira Santa, os primeiros
cristãos aplicavam cinzas sobre a cabeça como um hábito penitencial público.
Embora a Quaresma tenha adquirido um caráter penitencial no século IV, o rito da
imposição das cinzas foi formalmente implementado apenas no século XI. Desde
então, tornou-se uma prática disseminada na Igreja Católica e foi adotado por
outras denominações cristãs com variações nos rituais.
A PALAVRA “QUARESMA”: ORIGEM E SIGNIFICADO:
A palavra “Quaresma” derivou-se do latim “quadragésima,” originalmente um
adjetivo usado no início de uma frase que se referia aos 40 dias de preparação
para a Páscoa. Ela transformou-se no nome do período litúrgico, destacando a
importância da preparação, reflexão e penitência durante esses dias que
antecedem a celebração da Ressurreição de Jesus.
350 D.C
Por volta do ano 350 d.C., a Igreja tomou a decisão de estender o período de
preparação para a Páscoa, que inicialmente durava apenas três dias, mantendo-
se como o Tríduo Sagrado da Semana Santa: Quinta-feira Santa, Sexta-feira Santa
(Paixão) e Sábado Santo. A motivação para essa mudança foi a percepção dos
cristãos de que um intervalo de apenas três dias não era suficiente para uma
preparação adequada a um evento tão crucial e central como a Páscoa. Assim,
surgiu a Quaresma, um período ampliado de 40 dias dedicado à reflexão,
penitência e preparação espiritual.
40 DIAS E 40 NOITES
O número 40 possui uma profunda significância nas Sagradas Escrituras. O
dilúvio, que simbolizou a purificação da humanidade pelas águas, durou 40 dias e
40 noites. O povo hebreu percorreu o deserto rumo à terra prometida por 40 anos,
atravessando o Mar Vermelho. Antes de receber o perdão de Deus, os habitantes
de Nínive realizaram uma penitência de 40 dias. O profeta Elias caminhou 40 dias
e 40 noites para alcançar a montanha de Deus. Jesus, preparando-se para sua
missão, jejuou por 40 dias e 40 noites, uma prática também seguida por Moisés.
O número 40, portanto, assume diversos significados simbólicos e é associado a
um tempo de intensa preparação para eventos marcantes na História da Salvação.
Essa riqueza simbólica confere à Quaresma um profundo valor espiritual,
convidando os fiéis a uma jornada de reflexão, arrependimento e crescimento
espiritual em antecipação à celebração da Páscoa.
QUARESMA NO BRASIL:
A Igreja no Brasil, a partir da década de 70, incorporou a Campanha da
Fraternidade ao período da Quaresma, buscando reforçar a vivência do amor e da
caridade entre os fiéis. A iniciativa visa concretizar a prática da fraternidade,
seguindo o mandamento do amor ao próximo, exemplificado pelo sacrifício de
Jesus.
As cinzas na Quaresma não são apenas um símbolo ritual, mas carregam um
profundo significado espiritual e histórico. Elas lembram a efemeridade da vida,
convidam à penitência e servem como um ponto de partida para uma jornada
espiritual mais profunda durante o período preparatório para a Páscoa.
Informações:
Vatican News
CNBB – Nacional

Leia Também:  Festa Literária do Sesc será realizada em Cuiabá e Rondonópolis

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

ARTIGO & OPINIÃO

Os Bastidores, os Desafios e a Força Que Transforma Negócios e Vidas

Published

on

Por Ediane Dalbosco – Consultora Empresarial, Mentora e Palestrante
Com a chegada do Dia das Mães, muitas homenagens se voltam ao cuidado, à doação e ao amor incondicional que a maternidade representa. Mas há um olhar que também precisa ser valorizado: o da liderança que nasce e se fortalece nos bastidores da vida cotidiana dessas mulheres.
Conciliar carreira e maternidade é, sem dúvida, um dos maiores desafios enfrentados por milhares de mulheres. É um verdadeiro jogo de malabares entre reuniões, tarefas escolares, prazos, choros, decisões e responsabilidades — tudo isso, muitas vezes, sem rede de apoio, descanso adequado ou reconhecimento suficiente.

Ser mãe é assumir o papel de guia, mentora, exemplo. É liderar mesmo nos dias de cansaço extremo, ensinar com o olhar, corrigir com amor e impulsionar com coragem. É colocar o outro no centro sem se esquecer de si, mesmo quando o mundo insiste em dizer que isso é impossível.
Muitas dessas mulheres lideram, no mínimo, duas frentes: o lar e os negócios. Elas conciliam planilhas e tarefas escolares, metas e mamadeiras, decisões estratégicas e bilhetes na agenda. São mulheres que, mesmo sobrecarregadas, seguem em frente. Que, mesmo em dúvida, escolhem confiar. Que, mesmo cansadas, continuam construindo. E é justamente por conhecerem a dor, o medo e a vulnerabilidade que se tornam líderes tão potentes. Porque liderar não é ter todas as respostas, e sim ter coragem de continuar buscando.
Diante de todos esses desafios, elas seguem. Empreendem. Gerenciam. Lideram. Inspiram. Transformam empresas com um olhar mais sensível, uma escuta mais ativa, uma intuição estratégica e uma resiliência construída no calor da rotina real.
Essa liderança que emerge do lar e ganha espaço no mundo dos negócios não vem com fórmulas prontas — ela nasce da necessidade de dar conta, mas floresce com propósito, visão e coragem. São mulheres que aprendem a fazer muito com pouco tempo, que conciliam metas e afetos, que sabem delegar com empatia e cobrar com humanidade.
É importante reforçar: ser mãe não é um pré-requisito para ser uma boa líder.
Existem mulheres incríveis exercendo lideranças extraordinárias sem vivenciarem a maternidade — e seu valor é inquestionável. Mas, neste momento, o foco é lançar luz sobre as mulheres que, ao se tornarem mães, também descobriram uma força de liderança que talvez nem soubessem que tinham.

Leia Também:  Festa Literária do Sesc será realizada em Cuiabá e Rondonópolis

Neste Dia das Mães, nossa homenagem é para essas mulheres que transformam lares e negócios com a mesma intensidade. Que lideram com afeto, mesmo quando estão exaustas. Que continuam buscando evolução, mesmo quando o mundo parece querer apenas cobrança.
Elas não precisam ser super-heroínas — e sim, humanas. E é justamente nessa humanidade que reside sua maior potência.
Sobre a autora:
Eu já tive medo de falar. Medo de errar. Medo de ser julgada. Desde a adolescência, minha voz mal saía. Bastava tentar me expressar… e eu travava. Vermelha, insegura, em silêncio.
Por muito tempo, acreditei que não era suficiente. E quando a maternidade chegou? Surgiram novas dúvidas: como dar conta de tudo? Como cuidar de alguém que depende de mim? Todas as sobrecargas e sentimentos de incapacidade foram se acumulando ao longo do tempo — e isso quase me fez desistir de mim mesma. Mas, mesmo com medo, eu fui. Mesmo com dúvidas, dores e quedas, eu não parei. Minha maior virada foi quando mergulhei no autoconhecimento. Descobri que meu propósito era transformar pessoas, negócios e histórias.
Sou Ediane Dalbosco, mãe de duas crianças (3 e 12 anos), esposa, amiga, dona de casa, empreendedora, proprietária da Asthon Corretora de Seguros e da Edalbosco Consultoria & Treinamentos. Sou movida por propósito e desafios, em constante movimentação, e diariamente busco o equilíbrio entre meus múltiplos papéis e responsabilidades, entregando sempre o meu melhor — mesmo que esse “melhor” varie conforme as circunstâncias.
Ajudo pessoas a desbloquearem seu verdadeiro potencial para alcançarem mais realização e sucesso. Impulsiono negócios a crescerem com propósito, produtividade e lucratividade, sem depender do dono no operacional. E preparo empresários e líderes para extraírem o melhor de si e de suas equipes, construindo resultados consistentes com mais leveza e propósito.
Gostaria de compartilhar algo essencial que aprendi nesta jornada:
“Precisamos dar o nosso melhor todos os dias, compreendendo que nosso ‘melhor’ pode mudar a cada momento — e isso é perfeitamente normal. O importante é continuar avançando, um passo de cada vez, sem desistir. Não exija tanta perfeição de si mesma; permita-se ter dias mais leves e aprenda a compartilhar o peso das suas responsabilidades.”

Leia Também:  Sesc Alta Floresta encerra atividades de 2022 com ‘Aulão de Despedida’ 

COMENTE ABAIXO:
Continue Reading

CIDADES

POLÍTICA MT

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA