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Locais sofrem danos humanos, materiais e ambientais

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A estiagem que afeta grande parte de Pernambuco motivou o governo estadual a declarar situação de emergência em 117 das 185 cidades pernambucanas. Um decreto assinado pela governadora Raquel Lyra e publicado no Diário Oficial do estado nesta terça-feira (21) justifica a medida sustentando que a seca prolongada já causa “danos humanos, materiais e ambientais” para os municípios diretamente afetados.

A decisão foi tomada após a análise de dados que indicam que as chuvas esparsas que ainda caem sobre algumas localidades pernambucanas se tornarão mais escassas, comprometendo o nível dos reservatórios e ameaçando o abastecimento da população, com prejuízos econômicos e sociais, inclusive para a agropecuária.

O decreto tem validade de 180 dias e abrange três situações. Na primeira (Anexo 1, abaixo), estão as 66 cidades cujo decreto municipal de situação de emergência em função da estiagem já foi reconhecido pelo governo federal. O segundo grupo (Anexo 2) reúne os 23 municípios em que o próprio governo pernambucano decreta emergência em função da “situação de anormalidade decorrente de desastre de estiagem, indutor de seca hidrológica nos reservatórios e rede de abastecimento sob gestão da Companhia Pernambucana de Saneamento e Abastecimento (COMPESA)”. O terceiro caso engloba 28 cidades contempladas nas duas situações.

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Com a medida, os órgãos públicos estaduais, em conjunto com as autoridades federais e municipais competentes, deverão implementar as ações necessárias ao enfrentamento das principais consequências da estiagem. Além disso, o reconhecimento da situação de emergência facilita o acesso das prefeituras a recursos financeiros federais e estaduais e permite que a contratação mais ágil de serviços e equipamentos necessários.

Veja abaixo a relação dos municípios:

Anexo 1

1) Afogados da Ingazeira

2) Afrânio

3) Alagoinha

4) Altinho

5) Araripina

6) Arcoverde

7) Belém do São Francisco

8) Betânia

9) Bodocó

10) Brejinho

11) Brejo da Madre de Deus

12) Buíque

13) Cabrobó

14) Cachoeirinha

15) Caetés

16) Carnaubeira da Penha

17) Custódia

18) Dormentes

19) Exú

20) Flores

21) Floresta

22) Granito

23) Ibirajuba

24) Iguaracy

25) Ingazeira

26) Ipubi

27) Itaíba

28) Itapetim

29) Jataúba

30) Jatobá

31) Jucati

32) Lagoa Grande

33) Manari

34) Mirandiba

35) Moreilândia

36) Orocó

37) Ouricuri

38) Parnamirim

39) Pedra

40) Pesqueira

41) Petrolândia

42) Petrolina

43) Quixaba

44) Salgueiro

45) Sanharó

46) Santa Cruz

47) Santa Cruz da Baixa Verde

48) Santa Cruz do Capibaribe

49) Santa Filomena

50) Santa Maria da Boa Vista

51) Santa Terezinha

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52) São Bento do Una

53) São José do Belmonte

54) Serra Talhada

55) Serrita

56) Sertânia

57) Solidão

58) Tabira

59) Tacaimbó

60) Tacaratu

61) Terra Nova

62) Trindade

63) Triunfo

64) Tuparetama

65) Venturosa

66) Verdejante

Anexo 2

1) Araçoiaba

2) Belém de Maria

3) Cabo de Santo Agostinho

4) Camutanga

5) Camocim de São Félix

6) Casinhas

7) Chã Grande

8) Chã de Alegria

9) Escada

10) Ferreiros

11) Ipojuca

12) Jurema

13) Machados

14) Moreno

15) Nazaré da Mata

16) Panelas

17) Ribeirão

18) Salgadinho

19) São Lourenço da Mata

20) Sirinhaém

21) Timbaúba

22) Vicência

23) Vitória de Santo Antão

Anexo 3

1) Águas Belas

2) Belo Jardim

3) Bezerros

4) Bom Jardim

5) Calçado

6) Capoeiras

7) Caruaru

8) Cumaru

9) Frei Miguelinho

10) Gravatá

11) João Alfredo

12) Lajedo

13) Limoeiro

14) Macaparana

15) Orobó

16) Paranatama

17) Passira

18) Poção

19) Pombos

20) Riacho das Almas

21) Sairé

22) Saloá

23) Santa Maria do Cambucá

24) Surubim

25) Taquaritinga do Norte

26) Toritama

27) Vertente do Lério

28) Vertentes

Fonte: Agência Brasil

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BRASIL

Reforma Tributária é a revolução que o Brasil precisa ou apenas mais uma armadilha fiscal?

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A Reforma Tributária finalmente saiu do papel e promete transformar a economia brasileira, com impactos profundos na forma como empresas e consumidores lidam com tributos. Mas será essa a revolução que o Brasil precisa ou apenas mais uma armadilha fiscal? Enquanto o país se prepara para a implementação das novas regras, especialistas apontam desafios e oportunidades que podem redefinir o ambiente de negócios.

A promessa de simplificação e os riscos ocultos

Com a unificação de tributos como PIS, COFINS, IPI, ICMS e ISS no chamado IVA-DUAL, Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) duplo, composto por IBS (Estados e Municípios) e CBS (União), a promessa é de um sistema mais simples e transparente. Porém, críticos alertam para a complexidade das transições e os riscos de impactos econômicos inesperados. Entre eles, está o aumento da carga tributária em setores como serviços e o varejo e maior necessidade de capital de giro.

Lucas Ribeiro, tributarista e CEO da ROIT, destaca: “A Reforma Tributária pode ser a grande virada de chave para destravar a economia brasileira, mas também traz armadilhas para aqueles que não estiverem preparados, especialmente durante o período crítico de transição, de 2026 até 2032. Quem não souber como calcular corretamente os impactos ou como adaptar seus processos internos, pode enfrentar sérios problemas de competitividade”. 

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Lucas Ribeiro, tributarista e CEO da ROIT (Agência Senado)

Empresas em xeque: adaptando-se à nova realidade

Para as empresas, a adaptação às novas regras será como entrar em um jogo de xadrez. Ribeiro explica que o planejamento tributário passará a ser um dos maiores diferenciais competitivos: “Estamos diante de uma verdadeira corrida por eficiência. O empresário que dominar os dados, entender os resíduos tributários e se antecipar aos ajustes de preços, sairá vencedor.”

Essa corrida exige ferramentas tecnológicas e expertise de ponta. Segundo Ribeiro, a inteligência artificial é a chave para navegar pelas complexidades da reforma: “Na ROIT, temos utilizado a inteligência artificial para reapurar os tributos, partindo dos dados do SPED, e oferecer uma visão clara e precisa dos impactos da reforma. Isso é essencial para que as empresas tomem decisões assertivas.”

Cidadãos e consumidores também sentirão o impacto

Os consumidores também não sairão ilesos. A promessa de preços mais justos na cadeia produtiva pode esbarrar em repasses de custos no curto prazo. “A questão do aumento de capital de giro, por exemplo, é um desafio subestimado. As empresas vão precisar de liquidez para se adaptar, e isso pode ter reflexos no preço final dos produtos”, explica Ribeiro.

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Preparar-se é mais do que uma obrigação: é sobrevivência

Com a nova legislação entrando em vigor, a palavra de ordem para empresas e profissionais é preparação. Como conclui Ribeiro: “A reforma tributária exige adaptação rápida, durante o ano de 2025, mas pode ser também um grande diferencial competitivo, para as empresas que souberem aproveitar as oportunidades. Aqueles que enxergarem isso como um trampolim para inovação e crescimento vão liderar no mercado durante e pós-reforma.”

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