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SAÚDE DO HOMEM

Mato Grosso deve ter 1.000 novos casos de câncer de próstata no ano, alerta urologista

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O diagnóstico precoce é o maior aliado do homem em relação à cura do câncer de próstata, de acordo com o médico urologista do Hospital São Mateus de Cuiabá, Dalvani Dorn. O especialista relata que as consultas regulares são de extrema relevância para a detecção da neoplasia maligna que irá registrar 1.000 novos casos este ano, em Mato Grosso, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).

“O número chama atenção, assusta, porém o preconceito em torno dos exames ainda é grande, entretanto é preciso lembrar que se o tumor for identificado em fase inicial a probabilidade de cura é de 90%. Esta informação mostra o quanto é importante que o homem faça acompanhamento médico periódico com um urologista, a partir dos 45 anos”, argumenta ele.

O médico explica que realizar exames de toque retal e PSA (exame de sangue), pelo menos uma vez ao ano, reduz para menos de 5% a chance de um câncer passar despercebido. Lembrando que, no início, a doença é assintomática.

Dorn alega que o motivo da intensificação da Campanha Novembro Azul é conscientizar sobre o câncer de próstata, um dos tipos mais comuns entre os homens e causa da morte de 28,6% da população masculina que é acometida pela doença. Dados recentes do Inca destacam que no Brasil, um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata.

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Em 2024, mais de 71 mil brasileiros vão ter confirmação do tumor de próstata, conforme projeções do Instituto Nacional.

Um estudo da revista científica The Lancet estima que o número de óbitos por câncer de próstata no mundo passe de 375 mil em 2020 para quase 700 mil, em 2040, um acréscimo de 85%, em 20 anos. O estudo também prevê que o volume de casos da doença dobre, passando de 1,4 milhão por ano em 2020 para 2,9 milhões ao ano até 2040.

*Fatores de risco*

A Biblioteca virtual do Ministério da Saúde aponta como maiores fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de próstata – Idade, histórico familiar de câncer de próstata, obesidade, tabagismo e a exposição a produtos químicos.

*Sintomas*

Em geral, quando alguns sinais começam a aparecer, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, o que diminui a possibilidade de cura. Na fase avançada, os sintomas mais frequentes são: dor óssea, ardência ao urinar, vontade de urinar com frequência e presença de sangue na urina e/ou no sêmen.

*Tratamento*

“Quando o paciente tem a confirmação do câncer de próstata é muito importante procurar um profissional qualificado e experiente. Quem trata o câncer de próstata é o urologista e não o oncologista como a maioria pensa, isso porque essa é uma doença cirurgicamente muito complexa”, informa o especialista.

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Após ser diagnosticado o tumor de próstata é necessário realizar o estadiamento para identificar se o câncer se espalhou ou está localizado apenas na próstata, isso é feito por meio de exames complementares como a cintilografia óssea, tomografia de tórax e de abdômen. Ao ser confirmado que a neoplasia é localizada é decidido o tratamento, sendo a cirurgia a primeira opção para este tipo de paciente. Quando a doença já atingiu outros órgãos não há mais a indicação de cirurgia, apenas de tratamento paliativo com medicamentos.

Em fase inicial, é recomendado para a grande maioria dos pacientes a cirurgia de laparoscopia, cirurgia aberta ou cirurgia robótica, uma das mais eficazes e seguras, atualmente. Também podem ser necessárias sessões de radioterapia.

“Se o paciente quer prevenir o câncer o ideal é evitar o cigarro e outros fatores de risco, mas acima de tudo adotar uma dieta baixa em calorias e a prática de atividades físicas pelo menos 3 vezes por semana. Essas medidas protegem a saúde masculina de diversos tipos de tumores malignos”, aconselha o médico.

O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma.

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ECONOMIA

Inflação que calcula reajuste do salário mínimo fica em 4,84%

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O índice de inflação que faz parte do cálculo do reajuste anual do salário mínimo fechou novembro em 0,33%, chegando a 4,84% no acumulado de 12 meses. Os dados referentes ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foram divulgados nesta terça-feira (10), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O salário mínimo de 2024 é de R$ 1.412. Para 2025, a regra de reajuste em vigor determina que o valor sofra duas correções. Uma é pelo INPC de 12 meses acumulado até novembro do ano anterior, 2024. Ou seja, 4,84%.

A segunda correção é o crescimento da economia de dois anos antes, no caso, 2023. No último dia 3, o IBGE revisou os dados do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) de 2023, passando de 2,9% para 3,2%.

Por essa regra, o salário mínimo de 2025 seria R$ 1.527,71. Com o arredondamento previsto em lei, a valor sobe para R$ 1,528. Reajuste de 8,22%.

Nova regra

No entanto, no início do mês, o governo enviou à Câmara dos Deputados o Projeto de Lei (PL) 4614/24, que faz parte de um pacote de corte de gastos. O texto busca ajustar as despesas ligadas ao salário mínimo aos limites do chamado arcabouço fiscal – mecanismo que controla a evolução dos gastos públicos. Dessa forma, o salário mínimo continuaria a ter um ganho acima da inflação, mas limitado a um intervalo entre 0,6% e 2,5%.

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A intenção do governo é aprovar o projeto de lei ainda em 2024, de forma que a nova forma de reajuste do salário mínimo vigore para 2025. No último dia 4, o plenário da Câmara aprovou que o texto tramite em regime de urgência, o que acelera a discussão.

Caso a matéria seja aprovada, o salário mínimo receberia duas correções: os 4,84% do INPC mais 2,5%. Assim, o valor iria a R$ 1.517,34. Com o arredondamento, R$ 1.518, reajuste de 7,51% e valor final R$ 10 menor que o da regra atual.

A justificativa do governo para alteração da fórmula de reajuste é reduzir despesas que têm o salário mínimo como piso, a exemplo dos benefícios previdenciários, seguro-desemprego e abono salarial.

“O projeto de lei é fundamental para dissipar incertezas que afetam os preços dos ativos da economia brasileira, garantindo resiliência ao regramento fiscal, ao mesmo tempo em que assegura maior espaço fiscal a despesas discricionárias com fortes efeitos multiplicadores, como os investimentos públicos”, justifica o governo na mensagem que acompanha o projeto.

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Revisão

Sendo ou não aprovado o projeto, o governo terá que revisar cálculos, pois o PL Orçamentário Anual para 2025 – enviado para o Congresso Nacional em 30 de agosto – estimava reajuste de 6,87% para o salário mínimo, o que elevaria para R$ 1.509.

O percentual de 6,87% era composto por 3,82% –  previsão do INPC – mais 2,91% – crescimento do PIB de 2023 antes de ser revisto pelo IBGE.

INPC x IPCA

O INPC conhecido nesta terça-feira tem divulgação sempre paralela a outro índice do IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), comumente chamado de inflação oficial. A diferença entre ambos é que o INPC apura a variação do custo de vida para as famílias com renda de até cinco salários mínimos. Já o IPCA, até 40 salários mínimos.

O IPCA fechou novembro em 0,39% e acumula 4,87% em 12 meses.

Fonte: Agência Brasil

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